Celeridade. Pelo menos é isto que o presidente do PMDB da Bahia, Geddel Vieira Lima, cujo nome está entre os que podem disputar a vaga ao Governo do Estado pela oposição pediu na rede social, na madrugada desta sexta-feira (12). Na declaração recheada de angústia e críticas que recaem sobre o prefeito ACM Neto (DEM), o cacique pemedebista deixa claro que já passou da hora de se tomar uma decisão na escolha por ele ou pelo ex-governador Paulo Souto. "Nem sempre sabemos o caminho certo a escolher, mas se ficarmos na indecisão, não chegaremos a lugar algum...Tenho horror a indecisão" (SIC), escreveu no twitter.
O imbróglio envolvendo esta definição já tem data certa para sair: logo após o Carnaval. A resposta foi dada pelo próprio prefeito ACM Neto (DEM) que não toca mais no assunto nas coletivas. Há quem diga que Neto já prefere Geddel a Souto por uma questão estratégica. Segundo o colunista Josias Gomes, da editoria de política do site Uol, dirigentes do DEM e do PSDB afirmam que o cabeça da chapa oposicionista será o ex-goverandor ‘demo’ Paulo Souto. Ele hesitava em aceitar o desafio. Bem posto nas pesquisas, foi assediado por correligionários locais e federais. Acabou cedendo.
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Entretanto, o colunista reforça que "o diabo é que pelo menos dois pares de orelhas com acesso ao gabinete de ACM Neto ouviram-no dizer que o correligionário Souto demorou demais a soltar o “sim”. Quando finalmente livrou-se das dúvidas, há uma semana, o prefeito ‘demo’ de Salvador já havia se comprometido em apoiar a candidatura de Geddel Vieira Lima, do PMDB.
Para Josias, a prevalecer esse entendimento, Souto teria de se ajeitar na posição da chapa reservada ao candidato a senador. O PSDB indicaria o candidato a vice. E o presidenciável tucano Aécio Neves ganharia na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do país, um palanque ornado com um dissidente do PMDB, amigo do vice-presidente Michel Temer.
Já o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo (PDT), em entrevista concedida ao apresentador Zé Eduardo na Metróple, afirmou que Neto torce por derrota de aliado para garantir eleições de 2018. Segundo o pedetista, "ele (Neto) está torcendo para o candidato dele perder. Acho que no íntimo dele ele quer isso", garantiu, acreditando que esta seja a oportunidade para que na próxima eleição o prefeito dispare e garanta a vitória.
Mas, diante das especulações e enquanto o PT já está perto de decidir pelo vice, Geddel e Paulo Souto ficam na corda bamba. De um lado, um não comenta o assunto e marca aparições no evento que puder. O outro já começou a mostrar que não está para brincadeira e, quem sabe, na indecisão de Neto, ele decida ir sozinho.
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